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 Confesso que quando comecei a ler esse livro até por curiosidade, até mesmo pelos reformadores já terem bebido da fonte de Agostinho, percebi que o livro se inicia com orações e eu querendo ler uma leitura mais leve, já imaginei que seria uma leitura pesada. Ler filósofos chega a ser cansativo, já li Maquiavel, Kierkeegard e por ser uma leitura densa, já cansa. Todavia, ao me aprofundar na leitura do livro, o autor mostra sua nudez diante de Deus e dos homens. Deus está no homem e o homem em Deus, e os primeiros anos de Agostinho até na infância, ele já trata do seu pecado. Da sua miséria diante do Senhor. Ele já fala que como pode ser o Reino de Deus das crianças se já na infância ele possuía tal maldade? Ele exalta o criador em cada estrofe do livro. Fala da relação da fé piedosa de sua mãe, sua aversão ao grego como estudo de Homero, mas da sua alma como um deserto ausente do Senhor. 

Na página 19 “A prodigalidade veste-se com a capa da liberalidade; porém só tu és verdadeiro e liberalíssimo doador de todos bens”. Isso nos mostra que o diabo tenta ser um mero copiador daquilo que Deus nos dá, todavia, ele sempre virá com a conta no final. Em Deus, a dívida está paga em Jesus. Ele combateu também o maniqueísmo. Viu que embora os filósofos falasse a verdade, a verdade deles tinha um ir além, que é Deus. Outro ponto interessante é que ele relata que sua mãe, Mônica, orou 9 anos por ele. Isso nos ensina a nunca desistir de orar por alguém. A impressão do livro em si, me traz sobre o amor ao amigo em Deus. Agostinho nos traz a ideia de que amigos são um consolo de Deus. Fala do Deus de amor que resiste aos soberbos. De um Deus que está presente mesmo nos que se afastam Dele.
Ele trata de suas falsas ambições como uma alegria de mendigo perto da grandiosidade do que o Senhor pode propor, sobre reservar um tempo de oração e meditação na Palavra. Falou da separação com sua amante, tratou sobre o verbo de Deus que é Jesus.
Situações que me chamaram a atenção no livro é que Agostinho e amigos já foram numa arena assistirem a gladiadores se digladiarem e também em alguns lugares do império romano ainda terem cultos pagãos aos deuses. Isso nos ensina que as mudanças na história não são mágicas como propõem alguns, mas gradativas. Embora o cristianismo já tivesse se tornado a religião do Estado, até isso se consolidar levou um tempo.
Ele tratou da felicidade da busca no Senhor e que nem todos a alcançariam por rejeitar essa verdade. Da murmuração do povo no deserto por murmurarem, não contra Moisés, mas contra o Senhor. Sobre o mediador entre Deus e os homens tivessem tanto em comum com Deus e com os homens e isso estava perfeito na pessoa de Jesus.

“Levantas os que caíram, e os que graças a ti continuam eretos, não caem nunca”. (página 129)

Falou da vontade imortal do Senhor, que não varia conforme o tempo, continua a mesma. Me admira como eu vejo tentando relativizar a Palavra de Deus só para quererem ser mais aceitos nesse mundo.

Concluo sobre o pensamento de Agostinho de que ninguém faz nada sem Deus. De que pode cair Roma, mas a Cidade de Deus nunca cairá. Uma excelente literatura para quem quer conhecer mais sobre esse Pai da Igreja.


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