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Texto: Priscilla Santos

Autobahn é o nome do disco lançado em 1974 pelo grupo alemão Kraftwerk, na época sob a liderança de Florian Schneider-Esleben e Ralf Hütter. Seria conhecido como a obra que colocaria os rapazes no mapa e que marcaria profundamente a música pop nos anos seguintes.

A primeira versão da música título do disco era longuíssima, tinha mais de 22 minutos e só pôde ser lançada nas rádios após uma edição que a levou para modestos 3:28 minutos, só assim poderia ser digerida por um público maior do que o interessado em perceber os meandros daquele álbum conceitual. “Autobahn” não era um hit como se acostuma empregar a palavra: era o primeiro encontro íntimo da música eletrônica com o público onde quase 30 anos de estudos matemáticos e sonoros finalmente produziam uma harmonia capaz de tocar as pessoas, independente do lugar que elas fossem, da cultura a que pertencessem.

A canção fala de um momento feliz em uma auto-estrada alemã. O sol, o horizonte, o passeio e o rádio tocando: wir fah’rn auf der autobahn (estamos dirigindo na auto-estrada).

Foi no governo Weimar e não no de Hitler, como apregoam, que as autobahns começaram a ser construídas. Em 1929, ano da grande depressão econômica global, o primeiro trecho começou a ser feito com a lentidão esperada de um projeto sem apoio político ou econômico, sendo entregue em 1931 o sonhado caminho que levaria automóveis e motocicletas de Colônia a Bonn sem a interferência de cruzamentos ou pedestres.

Em 1933, os nazistas começaram a executar um projeto dezenas de vezes mais ambicioso que o original, seguindo as megalomaníacas idéias arquitetônicas do chanceler Adolph Hitler. Servia ainda para objetivos econômicos e sociais do governo já que obras públicas, como se sabe, são uma forma rápida e inteligente de multiplicar as vagas de trabalho consequentemente diminuindo o desemprego e o plano funcionou primorosamente na Alemanha da época. Além disso, serviriam para ligar regiões estrategicamente interessantes na defesa militar e para a logística de ataque provocando, ato contínuo, as diferenças regionais – isso significava interligar o país e incentivar o nacionalismo pregado pelo ideal nazista. Nos anos anteriores e durante a Segunda Guerra, as estradas foram também usadas para dois outros importantes fins: pista de pouso para aviões e entreposto de trabalho escravo.

A grande guerra levou o mundo a um salto tecnológico jamais visto, ao menos não visto com aquela velocidade. Armas, aparelhos de telecomunicação, roupas, automóveis etc. foram aprimorados e, aproveitando os incentivos econômicos da reconstrução, novas possibilidades se abriram em áreas que nem tinham nada a ver com o conflito. As rádios começaram a dispor de estúdios bem equipados e dentro delas duas correntes disputavam pelo melhor conceito e melhor execução da chamada música eletroacústica: os franceses com a Musique concrète e os alemães com a Elektronische Musik.

Durante anos o grupo de Paris e o grupo de Colônia discutiram a respeito de métodos, cálculos, nomes, sinfonias e instrumentos, mas a verdade é que nenhum conseguia ser plenamente bem sucedido na harmonia daquelas execuções, nem torná-las realmente agradáveis. A entrada dos computadores na briga foi o início do entendimento entre os proto-DJs. Acadêmicos japoneses, poloneses, suíços, norte-americanos e italianos, capitalistas e comunistas, travavam embates em seus estúdios-laboratórios experimentais em uma concorrência sobre quem acharia os meios mais sofisticados de se produzir música algarítimica. Em 1963 surgiu o primeiro sintetizador, controlado por uma fita de papel perfurado. Vitória do bloco capitalista pois o americano Robert Moog seria o responsável por unir um teclado à calculadora gigante que eram os sintetizadores até então, e esse foi o passo decisivo para o acesso de outros àquela música visionária.

Na versão original de Autobahn encontramos um misto dos elementos já usados, até então, no Krautrock (rock-chucrute), mas tudo de modo nunca dantes visto ou ouvido. Esses são são elementos: a)um clássico sintetizador Moog executa toda a sessão de baixo da canção e determinados ecos; b) há um livre uso de phasing (a repetição de um determinado trecho), c) um vocoder, ou decodificador de voz, d) sistema de batidas 4/4 que cria uma impressão de ritmo parecida com a de estar dirigindo, e) flauta e guitarra acústicos e f) uma percussão eletrônica.

O resultado é uma imensa peça musical, quase monotônica de repetição contínua. A estrada, o passeio, a monotonia da paisagem, o vento e a experiência estão todos inclusos em cada pedaço de Autobanh, unidos por uma linha fina de ironia. O vídeo que se desenrola durante a sua execução não deixa dúvidas: imagens glamurosas, otimistas e romantizadas de famílias dirigindo felizes rumo ao sol… Ignorando os significados da estrada, hipnotizados pelos novos rumos da Alemanha Ocidental pré-queda do Muro de Berlim e pelas excitantes tecnologias que abarrotavam aquela parte da nação. Para Scheneider e Hütter , se via alí o início de uma existência semi-existência semi-humana.

Atualmente, as autobahnen ligam Alemanha, Áustria e Suíça por uma rede de 13,838 Km que cruza incríveis paisagens. São extremamente famosas já que, para além da musica e da história, não possuem limite de velocidade na maior parte de seus trechos.

1974 | AUTOBAHN

Autobahn
Kometenmelodie 1
Kometenmelodie 2
Mitternacht
Morgenspaziergang

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