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Não há como não se emocionar em ler esse livro. Embora Karl Barth tivesse sido liberal e com a Igreja na Europa perecendo no período pós primeira guerra, essa autor se converte e se torna um referencial da neo-ortodoxia. O que é a neo-ortodoxia? Falando de maneira simples e leiga é crer que a Bíblia é a Palavra de Deus mesmo com alguns erros. Logicamente, quem me conhece, eu busco ser ortodoxo, ou seja, eu creio que a Bíblia é a INERRANTE Palavra de Deus. Entretanto, isso não tira o demérito desse livro.
Karl Barth cria que o chamado de Deus era para todos, mas somente os discípulos são capazes de ouvi-lo. O seguir, até mesmo numa visão rabínica, era imitar ao Deus todo poderoso.
…”é uma questão de seguir as qualidades ou atos de Deus:
- Plantando a terra como Deus plantou o jardim do Éden
- Vestindo a nudez como Deus vestiu Adão
- Visitando o doente como Deus visitou Abraão
- Confortando o triste como Deus confortou Isaque
- Enterrando o morto como Deus enterrou Moisés” (página14)
Logicamente eu faço um adendo, pois a carta de Judas mostra o Arcanjo Miguel brigou pelo corpo de Moisés.
A pessoa pode rejeitar o chamado de Deus, como no caso do jovem rico, e quando alguém chamado por Jesus, não pode querer estabelecer regras para segui-Lo.
“Fé não é obediência, mas como obediência não é obediência sem fé, fé não é fé sem obediência. Elas andam juntas, como o trovão e o relâmpago em uma tempestade”. (página 25)
O que me marca nesse livro que seguir a Jesus é seguir um caminho sem volta, ou seja, tomar a sua cruz. Fala contra a graça barata que é inimiga da Igreja do Senhor. E de que quando amamos nossos inimigos, logo, nos tornamos amigos.
O livro é curto e vale a pena a leitura.