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Fiquei curioso em ler um livro de apologética de um dos maiores apologetas de nossa época – William Lane Craig – que foi indicação de Lucas, baixo e vocal da banda JCHC Archote. Fiquei curioso, pois me alegaram que esse homem trouxe Deus de volta para a Universidade, local cada vez mais ateísta ou de influência de esquerda. Já o prefácio do livro começou arrebentando sobre o discurso de Craig – A criação do Universo aponta para um Criador; Ele possuí um design inteligente; Valores Morais objetivos; Evidências históricas em favor da ressurreição (túmulo vazio, testemunha ocular, morrer pela fé – meu acréscimo) que prova a divindade de Jesus; Deus pode ser conhecido e experienciado de forma imediata. Sobre a existência do mal, não podemos afirmar que o mal existe sem afirmar a moralidade dada pelo Criador. O que impressiona é que todo aquele que crê e pratica as Palavras do Rei tem a verdade do seu lado. 
O foco do livro é nos ensinar a explicar a razão de nossa fé com mansidão e amor (1 Pe 3:15), não esperando que alguém se converta com isso, pois é trabalho do Espirito Santo, mas fazermos de nós pessoas que não temem argumentar com ateus ou agnósticos. 
Menção sobre Apologética:
“A palavra apologética vem do grego apologia, que significa uma defesa, como a que se faz nos tribunais. A apologética cristã envolve fazer a defesa da verdade da fé”. A apologética é bíblica, pois o apóstolo Paulo a defendia diante de judeus e gregos. Ela é importante porque “influencia a cultura (combate o secularismo que é uma cosmovisão que não abre espaço para o sobrenatural); fortalece os que creem (os ajudam a combater o relativismo) dando força aos pais para ajudar na criação dos filhos, a estarem sempre prontos para dar força à eles; ganhar os incrédulos – e o maior deles se tornou o maior evangelista – C.S. Lewis”.
 A ideia é mostrar também o quanto crer em Deus é relevante para as nossas vidas hoje. O livro fala de Sentido, Valor e Propósito e caso Deus não exista, então isso não deve existir. E se Deus não existe e tudo não passa de um nada, então, não se deve deixar marca alguma nesse mundo, que conforme cientistas também orientam, vai deixar de existir. Se a vida acaba num túmulo, não faz o menor sentido viver como um Stalin ou uma Madre Teresa, pois os dois estão no mesmo patamar. Sem imortalidade, não há o que se importar com valor moral. 
Dentro das premissas que aprendi em lógica jurídica na faculdade, para a construção de um argumento, observo no livro:
1 – Tudo que existe tem uma explicação para existir.
2 – Se o universo tem uma explicação para existir essa explicação é Deus.
3 – O universo existe.
Se eu afirmo que o universo existe como conclusão de duas premissas, logo afirmo a existência de Deus como verdadeira. .
O universo não pode se criar, pois eu tenho que alegar que existe um universo maior. Mas e Deus? Quem criou Ele? Se Ele é eterno, no eterno não se cria. Se auto-existe em si, senão, caso contrário, terei que falar que um Deus maior criou Deus. 
Até os filósofos gregos, aos quais contribuíram para muitas ciências conhecidas hoje, criam que existia propósito na existência. Sem propósito e sem esperança, como já diria Sartre, só nos resta o desespero. 
Como ateus afirmam que o universo surgiu do nada, logo eu penso que tem que ter uma fé muito maior do que acreditar em Deus. Porque tudo tem um início, tem um meio e tem um fim. Até cientistas sabem que esse mundo terá um fim.

Al-Ghazali, teólogo muçulmano do século XII, pontua nas premissas abaixo:

1 – Tudo que começa começa a existir.
2 – O universo começou a existir.
3 – Logo, o universo tem uma causa.

Entendo que tudo o que começa, não começa a existir do algo. Alguém sempre dará um start, um início, por isso, que na minha opinião, afirmo:

“No princípio criou Deus o céu e a terra”.

Gênesis 1:1

A Bíblia pode não ter uma linguagem científica, como alguns querem que ela tenha, pois ela utiliza a linguagem do autor que a escreveu na época, nesse caso, a autoria do Gênesis atribuída a Moisés, mas com uma lógica sem igual – tudo surgiu de algo. Defender que o universo foi criado do nada é uma falácia porque o nada é aquilo que a própria palavra diz – “nada”. Um nada não cria. Um nada não existe.

Tudo tem uma causa para existir e com certeza, até com base na teoria do “Big-Bang”, alguém acendeu essa bomba – e esse alguém é Deus. E o tempo começou a existir quando Deus criou o mundo e o universo, logo não existe tudo existir num infinito. Tudo começa, tudo tem meio e tudo tem um final. O universo não causou a si mesmo. Para o universo criar a si mesmo, ele teria que existir antes.

Aprendo que se Deus não existe, não deve existir uma moralidade como parâmetro. Tudo é relativo.

Deixo essas premissas e conclusão:

1 – Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres.
2 – Valores morais objetivos e obrigações existem.
3 – Logo, Deus existe.

O relativismo acha errado uma pessoa crer em verdade absoluta. Na minha opinião, até quem crê em verdade relativa, acaba absolutizando-a. O bom e o mau estão ligados a valores e o certo e errado estão ligados ao fato de ser obrigatório.
Os valores morais objetivos exigem a existência de Deus porque se formos colocados no mesmo nicho que animais, logo seremos seletivos e isso é uma grande contradição. Os deveres morais objetivos exigem a existência de Deus.

Uma falha do argumento ateísta é trazer uma negativa universal, logo, por ser negativo, não se pode provar nada. Alias, a pergunta é ao invés de querer provar que Deus não existe, procure uma prova de que Ele exista.

No tocante ao sofrimento, os pensamentos de Deus estão acima dos nossos, logo entendo que o sofrimento nos aproxima Dele. O principal propósito da vida não é a felicidade, mas sim o conhecimento de Deus. O sofrimento humano inocente nos proporciona uma ocasião para sermos mais dependentes de Deus. É no sofrimento que a Igreja de Cristo se expande. O propósito de Deus não está restrito a esta vida, mas transborda para o além do túmulo, alcançando a vida eterna. 

Aprendi nesse livro é que nós não devemos nos calar diante de bobagens proferidas por “papagaios”. Até os historiadores mais críticos admitem a ressurreição de Jesus. E quem nega a existência de Deus, que tenha o ônus da prova, pois é isso que deve ser feito. Os Evangelistas tem confiabilidade histórica. Vemos que Deus é tão real que até os fatos ruins com os heróis da fé não deixaram de passar em branco. Questione-se: a história é contada pelo lado vencedor, logo, é feito a melhor história sobre tal assunto.

A divindade de Jesus foi reconhecida por judeus, sendo esses verdadeiros monoteístas, até mesmo o mais ignorante deles. Alguns tentam dizer que o Jesus ressurreto era só uma visão, ao qual é impossível diversas pessoas terem a mesma visão, mas todas as testemunhas viram o Cristo encarnado, inclusive mulheres, essas que não eram contabilizadas na sociedade patriarcal.

As vezes, por sermos particularistas, ou seja, cremos em uma só verdade, o pluralismo se torna agressivo, pois segue aquela ideia de diversos caminhos da montanha para se levar até Deus e o cristão é particularista. Muitos até debocham da fé por conta da questão cultural de cada país, pois cada país teria a sua religião. Entretanto, sabemos que em Romanos, Deus também disse que julgaria o homem que se achegaria a Ele através da Natureza, ou seja, se um índio reconhecesse que não haveria diversos deuses, mas que um “Grande Espirito” tivesse feito tudo aquilo. Logo, por essa verdade bíblica não existe o mito do índio inocente.
Se o pluralista crê que o particularista é arrogante por achar que só ele é correto, logo não seria ele arrogante também em crer que ele é o certo?

Deus não julga as pessoas que nunca ouviram falar de Cristo com base no fato de elas terem ou não depositado sua fé em Cristo. Ele as julga com base na luz da sua revelação geral na natureza e na consciência que elas de fato possuem. Exemplo: Jó e Melquisedeque que nunca fizeram parte da aliança com Abraão, mas creram num único Deus.  Observações minhas: Aristóteles e Sócrates numa sociedade politeísta grega creram num único Deus.

E tem mais, Deus nunca seria injusto, pois Ele sabe quem creria em Jesus ou não mesmo que essa pessoa ouvisse falar do Filho Dele. Logo, Ele fará o julgamento com base na revelação geral da natureza e na consciência do indivíduo.

E com isso, encerro a resenha desse livro. Espero que possa abençoar cada leitor e até despertar em vocês o interesse de conhecer o livro.


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